Sob pressão dos Estados Unidos e perante o receio de uma escalada de ataques israelitas, o executivo libanês aprovou um documento que prevê o fim da "presença armada de todas as fações não estatais, incluindo o Hezbollah", e a mobilização do exército libanês para as zonas fronteiriças.
A decisão foi saudada pela França como "corajosa" e pelo enviado norte-americano, Tom Barrack, como "histórica".
Contudo, gerou uma crise interna imediata: os quatro ministros xiitas, incluindo membros do Hezbollah e do seu aliado Amal, abandonaram a reunião do governo em protesto. O Hezbollah, enfraquecido pela guerra com Israel em 2024, acusou o governo de cometer um "pecado grave" e declarou que irá ignorar a decisão, considerando-a um serviço aos "interesses do inimigo sionista [Israel]". A tensão aumentou com a acusação do Líbano de "ingerência inaceitável" por parte do Irão, que expressou apoio ao Hezbollah. Paralelamente, a missão da ONU no Líbano (UNIFIL) anunciou a descoberta de uma "extensa rede de túneis fortificados" no sul do país, contendo armamento pesado, o que evidencia a complexa situação de segurança na região.