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Mundo August 8, 2025

Governo Libanês Aprova Desarmamento do Hezbollah sob Pressão Internacional

O governo libanês tomou a decisão histórica de aprovar uma proposta dos EUA para o desarmamento do Hezbollah, instruindo o exército a preparar um plano para o efeito até ao final do ano. A medida, que visa alargar a soberania do Estado a todo o território, enfrenta a forte oposição do movimento xiita e dos seus aliados políticos.

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Sob pressão dos Estados Unidos e perante o receio de uma escalada de ataques israelitas, o executivo libanês aprovou um documento que prevê o fim da "presença armada de todas as fações não estatais, incluindo o Hezbollah", e a mobilização do exército libanês para as zonas fronteiriças.

A decisão foi saudada pela França como "corajosa" e pelo enviado norte-americano, Tom Barrack, como "histórica".

Contudo, gerou uma crise interna imediata: os quatro ministros xiitas, incluindo membros do Hezbollah e do seu aliado Amal, abandonaram a reunião do governo em protesto. O Hezbollah, enfraquecido pela guerra com Israel em 2024, acusou o governo de cometer um "pecado grave" e declarou que irá ignorar a decisão, considerando-a um serviço aos "interesses do inimigo sionista [Israel]". A tensão aumentou com a acusação do Líbano de "ingerência inaceitável" por parte do Irão, que expressou apoio ao Hezbollah. Paralelamente, a missão da ONU no Líbano (UNIFIL) anunciou a descoberta de uma "extensa rede de túneis fortificados" no sul do país, contendo armamento pesado, o que evidencia a complexa situação de segurança na região.

ai briefingEm resumo
A decisão do Líbano de desarmar o Hezbollah marca um ponto de viragem crítico, alinhando o governo com as potências ocidentais mas arriscando uma grave crise interna. A medida testa a soberania do Estado libanês face a um dos mais poderosos atores não-estatais da região, num cenário de alta tensão com Israel e de divisões políticas profundas.

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