O acordo foi alcançado numa reunião em Kuala Lumpur, com mediação da Malásia e observação da China, que saudou o prolongamento da trégua.
Numa reunião do Comité Geral de Fronteiras, os chefes de Defesa dos dois países ratificaram a cessação das operações militares, comprometendo-se a não aumentar o número de tropas nem alterar posições militares na fronteira disputada de quase 820 quilómetros. O acordo, anunciado pelo primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, também prevê a troca de informações e o repatriamento digno dos soldados falecidos, bem como a libertação de 18 soldados cambojanos detidos pela Tailândia.
A China, através do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, manifestou satisfação com o acordo, afirmando que "o diálogo e a consulta são o caminho correto para a resolução de disputas" e declarando-se disposta a continuar a desempenhar um "papel construtivo".
Centenas de monges budistas marcharam em Phnom Penh para homenagear os soldados mortos e rezar pela paz, evidenciando o impacto do conflito na sociedade cambojana.
A disputa territorial histórica, que remonta a uma cartografia francesa de 1907, intensificou-se em maio, culminando nos confrontos de julho.