A medida, descrita como drástica, visa reduzir custos e aliviar a pressão sobre o sistema prisional sobrelotado, mas levanta questões sobre direitos humanos e relações internacionais.

De acordo com um comunicado do Ministério da Justiça britânico, a nova lei afetaria "todos os criminosos estrangeiros já sob custódia policial, bem como os recentemente condenados". A proposta implica que os reclusos estrangeiros poderiam ser deportados sem cumprir qualquer parte da sua pena de prisão (reduzindo a percentagem de 30% para 0%), sendo também proibidos de regressar ao Reino Unido. O governo justifica a medida com base em dados que indicam que os criminosos estrangeiros representam 12% da população prisional, com um custo médio anual de 54.000 libras por vaga. A ministra da Justiça, Shabana Mahmood, afirmou que o governo está a tomar "medidas drásticas", sublinhando que, desde que o Partido Trabalhista assumiu o poder, já foram afastadas quase 5.200 pessoas, um aumento de 14% em relação ao ano anterior.

A mensagem do governo é clara e foi reforçada pelo primeiro-ministro Keir Starmer: "Se vier para este país e cometer um crime, não poderá ficar aqui.

Enfrentará a deportação o mais rapidamente possível".

A ministra da Justiça ecoou este sentimento, declarando: "A nossa mensagem é clara: se abusar da nossa hospitalidade e violar as nossas leis, expulsá-lo-emos".

A proposta necessita agora da aprovação do Parlamento para entrar em vigor.