No entanto, o poderoso grupo xiita, apoiado pelo Irão, rejeitou imediatamente o plano, criando um impasse de elevada tensão interna e regional.
O plano, aprovado em conselho de ministros, instrui o exército libanês a preparar-se para desarmar o Hezbollah até ao final do ano, com o objetivo de alcançar o "monopólio sobre as decisões relativas à guerra e à paz".
A decisão foi saudada por França como "corajosa" e pelo enviado norte-americano como "histórica".
Contudo, o Hezbollah, que se considera uma força de resistência contra Israel, acusou o governo de cometer um "pecado grave" e declarou que ignoraria a decisão, que considera um atentado à "soberania do Líbano".
A tensão foi visível na própria reunião do governo, com quatro ministros xiitas, incluindo membros do Hezbollah e do seu aliado Amal, a abandonarem a sessão em protesto. A medida surge num contexto de cessar-fogo frágil com Israel, mediado pelos EUA, que prevê a retirada do Hezbollah do sul do Líbano e o reforço do exército libanês e das forças da ONU na região. A recusa do Hezbollah em depor as armas e a pressão internacional para que o faça colocam o Líbano numa posição extremamente delicada, com o risco de reacender conflitos internos e regionais.














