A sentença agrava as tensões políticas num país já marcado pela instabilidade.
Masra, líder do partido da oposição 'Les Transformateurs', foi considerado culpado de "difusão de mensagens de ódio e xenófobas" e de "cumplicidade em homicídio" no âmbito do massacre de Mandakao, no sudoeste do país, onde 42 pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, foram mortas em maio. O procurador-geral tinha pedido uma pena de 25 anos de prisão, baseando a acusação, em parte, numa mensagem de áudio de 2023.
A defesa de Masra argumentou que não foram apresentadas provas tangíveis que ligassem o ex-primeiro-ministro ao crime. Succès Masra, originário do sul do país e com grande popularidade entre as populações do sul, que se consideram marginalizadas pelo regime, foi também condenado a pagar uma multa de cerca de 1,5 milhões de euros. A condenação gerou protestos imediatos por parte de militantes do seu partido em N'Djamena, evidenciando o potencial da decisão para aprofundar as divisões étnicas e políticas no Chade.














