A exclusão de Kiev das conversações diretas e as posições divergentes das partes envolvidas geram um clima de elevada tensão e incerteza sobre um possível acordo de paz.
A reunião, a primeira entre os dois líderes desde 2019, surge num momento crítico do conflito.
Moscovo mantém as suas exigências, que incluem a cedência das quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Luhansk, Zaporíjia e Kherson) e da Crimeia, bem como a garantia de que a Ucrânia não aderirá à NATO.
Por seu lado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, embora admita aceitar a perda de territórios já controlados pela Rússia, recusa liminarmente ceder qualquer área que ainda esteja sob domínio ucraniano.
Zelensky expressou profundo ceticismo quanto às intenções de Putin, afirmando que o líder russo "não está de modo algum a preparar-se para um cessar-fogo" e que irá capitalizar o encontro com Trump como "uma vitória pessoal".
A União Europeia e líderes como o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, saudaram os esforços diplomáticos, mas impuseram condições claras.
Numa declaração conjunta, os 26 Estados-membros (com a exceção da Hungria) apoiaram o diálogo, mas reiteraram que uma "paz justa e duradoura" deve respeitar a "independência, soberania, integridade territorial e a proibição de alterações das fronteiras internacionais pela força".
Para coordenar uma frente comum, o chanceler alemão, Friedrich Merz, convocou uma reunião virtual prévia com Trump, Zelensky, líderes europeus e o secretário-geral da NATO, sublinhando que "o caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia".














