As temperaturas recorde, que em alguns locais ultrapassaram os 41°C, exacerbam o risco e colocam os serviços de emergência sob enorme pressão.
Em Espanha, a situação é particularmente grave, com dezenas de incêndios ativos e a declaração de pré-emergência por parte do Ministério do Interior. Perto de Madrid, um homem de 50 anos tornou-se a primeira vítima mortal, após sofrer queimaduras em 98% do corpo. Milhares de pessoas foram retiradas das suas casas em várias regiões, incluindo Castela e Leão, onde o fogo ameaçou o património mundial de Las Medulas, e na Andaluzia, perto de Tarifa. Portugal também enfrenta uma situação crítica, com grandes incêndios em Trancoso, Covilhã e Vila Real, que mobilizam milhares de operacionais. A situação levou o país a solicitar ajuda internacional, recebendo dois aviões Canadair de Marrocos, depois de Espanha não ter podido disponibilizar meios devido aos seus próprios incêndios e de os aviões alugados por Portugal se encontrarem inoperacionais por avaria. A onda de calor estende-se a outros países.
Em Itália, o alerta vermelho foi emitido para várias cidades, e os bombeiros combatem um incêndio no parque do Vesúvio.
Nos Balcãs, países como a Albânia, onde já arderam 34.000 hectares, mobilizaram o exército para auxiliar no combate às chamas.
Cientistas, como o professor Richard Allan da Universidade de Reading, alertam que estas ondas de calor "mais extensas, mais longas e mais frequentes são uma consequência previsível do aumento das concentrações de gases com efeito de estufa".














