As dificuldades logísticas e a insegurança persistente continuam a dificultar a prestação de assistência humanitária à população afetada.
Nas últimas semanas, ataques reivindicados pelo Estado Islâmico visaram várias aldeias nos distritos de Muidumbe, Ancuabe e Chiúre.
Segundo fontes locais e reivindicações do próprio grupo, os ataques incluíram o incêndio de casas e igrejas, bem como a decapitação de civis, descritos como "cristãos".
Um dos ataques mais recentes ocorreu perto de Nangade, onde um civil foi capturado e executado.
Noutra incursão, em Nacuta, os insurgentes saquearam a aldeia e levaram três pessoas, que mais tarde foram libertadas.
Esta escalada de violência provocou a fuga de mais de 57 mil pessoas desde o final de julho, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Este é o maior pico de deslocados na região em cerca de um ano, com milhares de famílias a procurarem refúgio na sede do distrito de Chiúre, muitas vezes após caminhadas de mais de 50 quilómetros pela mata.
A OIM relata que "a alimentação é a necessidade humanitária mais urgente".
O Instituto de Psicologia Paz de Moçambique (IPPM) alerta que a assistência é dificultada por problemas de segurança e logística, deixando milhares de famílias sem apoio.
O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, admitiu a sua preocupação, afirmando que "os terroristas nos últimos dias tiveram acesso às zonas mais distantes".














