As ações do governo venezuelano contra dissidentes políticos geram preocupação e condenação por parte de organizações internacionais.

A CIDH concedeu medidas cautelares a favor de Ulises Ramón Martínez, coordenador do partido Vente Venezuela, liderado por Maria Corina Machado. Martínez foi detido a 9 de junho por agentes dos serviços de informação (Sebin) sem mandado e o seu paradeiro é desconhecido.

A CIDH considerou que ele se encontra numa "situação grave e urgente", com risco de "danos irreparáveis" aos seus direitos.

A ativista Martha Lía Grajales também foi detida após participar numa vigília pelos presos políticos e acusada de "incitamento ao ódio, conspiração com um governo estrangeiro e associação" para cometer delito.

A sua detenção foi condenada pelo alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, que pediu a sua libertação imediata.

Paralelamente, familiares de presos políticos denunciaram a suspensão de visitas e da entrega de encomendas em vários centros prisionais, como El Helicoide.

Segundo a ONG Foro Penal, em julho, a Venezuela contava com 853 presos políticos.

Estas ações inserem-se num padrão de repressão que, segundo ativistas, visa silenciar a oposição e consolidar o poder do regime.