Os distúrbios, descritos pelo ministro do Interior como "ataques contra o Estado", ocorreram em várias cidades, incluindo Novi Sad, que se tornou um símbolo do descontentamento popular. Os protestos, liderados por estudantes, intensificaram-se após o desabamento da cobertura de uma estação de comboios em Novi Sad em novembro de 2024, que causou 16 mortes e gerou acusações de corrupção em projetos estatais. Os manifestantes exigem eleições parlamentares antecipadas e a demissão de altos funcionários do governo.

Em resposta, apoiantes do partido no poder organizaram contramanifestações, o que levou a confrontos diretos com arremesso de pedras e garrafas, exigindo a intervenção da polícia de choque. Em meio à crescente instabilidade, o Presidente Vučić, que enfrenta acusações de repressão às liberdades democráticas, anunciou que não se recandidatará nas eleições de 2027, afirmando ser um "político veterano" e que não pretende alterar a Constituição para se manter no poder.

A oposição e os manifestantes, no entanto, continuam a exigir mudanças imediatas, mantendo a pressão sobre um governo que, embora procure a adesão à União Europeia, mantém laços estreitos com a Rússia e a China.