O aviso surge após o presidente filipino, Ferdinand Romualdez Marcos Jr., ter afirmado que o seu país não ficaria à margem de um eventual conflito entre a China e os Estados Unidos sobre Taiwan. As declarações de Marcos Jr. representam uma mudança significativa na política externa de Manila, historicamente mais conservadora em relação a Taiwan. O governo filipino justifica a sua posição com base na proximidade geográfica e na necessidade de proteger os mais de 150 mil cidadãos filipinos que residem na ilha.

No entanto, Pequim considera estas justificações como "pretextos para interferência" nos seus assuntos internos, alertando que as Filipinas se arriscam a tornar-se "bucha de canhão" de interesses externos.

As autoridades chinesas acusam Manila de ter ultrapassado a "linha vermelha" ao reforçar a cooperação militar com os Estados Unidos e ao relaxar as restrições a contactos oficiais com Taiwan.

Esta aproximação estratégica a Washington é vista por Pequim como uma ameaça à estabilidade regional e um desrespeito pelos compromissos diplomáticos assumidos, nomeadamente a declaração conjunta de 2023 que reiterava a adesão filipina à política de "Uma Só China".