O debate no parlamento angolano expôs a profunda divisão entre o partido no poder, MPLA, e a oposição.
Enquanto o MPLA elogiou a atuação da polícia, a UNITA, principal partido da oposição, culpou diretamente o Presidente João Lourenço, acusando-o de indiferença perante as "execuções sumárias" de civis por parte das forças de segurança. A UNITA criticou o silêncio do presidente sobre o "uso desproporcional da força" e as "detenções arbitrárias".
A crise ganhou uma dimensão internacional com a detenção de dois cidadãos russos e dois angolanos, acusados de associação criminosa, terrorismo e financiamento ao terrorismo. O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola comunicou a Moscovo a detenção, afirmando que os russos são operacionais da organização "África Politology", acusada de promover campanhas de desinformação, manipular a comunicação social local e financiar manifestações para fomentar a subversão.
As autoridades angolanas afirmam que a organização corrompeu jornalistas e políticos para moldar a narrativa pública a favor dos seus interesses estratégicos.














