A cimeira surge num momento crítico, após conversações entre Trump e Vladimir Putin, e procura definir um caminho para a paz, embora as posições sobre concessões territoriais e garantias de segurança permaneçam profundamente divididas. A cimeira na Casa Branca marca uma viragem na abordagem da administração Trump, que passou de exigir um cessar-fogo imediato a defender a negociação direta de um acordo de paz. Esta mudança de posição foi acompanhada por sugestões de que Zelensky poderia alcançar a paz "quase imediatamente" se aceitasse ceder a península da Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em 2014, e desistisse da ambição de aderir à NATO. A resposta de Kyiv tem sido intransigente.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andri Sibiga, reiterou a posição fundamental do país, afirmando que "A Crimeia é a Ucrânia", e sublinhando a impossibilidade legal de ceder territórios.
O próprio Zelensky insiste que obter "garantias de segurança" é "o mais importante", procurando um compromisso robusto que possa ser semelhante ao Artigo 5.º da NATO, sem implicar uma adesão formal. Para evitar o isolamento diplomático, Zelensky é acompanhado por uma delegação de alto nível de aliados europeus, incluindo os líderes de França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Finlândia, bem como a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, numa tentativa de apresentar uma "frente unida". A urgência das negociações é sublinhada pela contínua agressão russa no terreno, com ataques em Kharkiv e Zaporizhzhia que Zelensky descreveu como uma tática de pressão de Moscovo para "humilhar os esforços diplomáticos".














