A medida gerou uma crise diplomática com Portugal e foi repudiada pela União Europeia e por sindicatos de jornalistas.
Na sexta-feira, os órgãos de comunicação social portugueses foram notificados para encerrar as suas atividades e abandonar o país até à terça-feira seguinte.
A decisão, que apanhou todos de surpresa, não foi acompanhada de qualquer explicação.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português reagiu de imediato, classificando a medida como "altamente censurável e injustificável" e convocando o embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa para prestar esclarecimentos. As direções de informação da Lusa, RTP e RDP emitiram um comunicado conjunto, considerando a ação um "continuado propósito do Governo da Guiné-Bissau de silenciar os jornalistas que cumprem a função de informar".
A condenação estendeu-se a nível europeu, com a porta-voz da Comissão Europeia, Anitta Hipper, a descrever a expulsão como uma "restrição lamentável à liberdade de expressão". O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, de visita a Cabo Verde, recusou-se a comentar o caso, afirmando ser "um problema da Guiné-Bissau com Portugal".
A decisão ocorre a apenas três meses das eleições gerais no país, num clima de tensão política e acusações da oposição de que o Presidente tenta adiar o processo eleitoral.














