O Presidente Aleksandar Vucic reagiu com dureza, descrevendo os manifestantes como "nazis" e "terroristas" e prometendo medidas "surpreendentes" para restaurar a ordem.

A onda de protestos, que dura há nove meses, teve origem no desabamento do teto de uma estação de comboios em Novi Sad, que causou 16 mortos em novembro. As exigências iniciais por responsabilização evoluíram para uma denúncia generalizada do que os manifestantes consideram ser o autoritarismo e a corrupção do governo de Vucic.

Nos últimos dias, a violência intensificou-se, com ataques à sede do partido no poder, o Partido Progressista Sérvio (SNS), e confrontos com a polícia que resultaram em dezenas de feridos e mais de 100 detidos. O Presidente Vucic, no poder há 13 anos, adotou uma retórica inflamada, afirmando que "bandidos" ocuparam as ruas e que, "se não tomarmos medidas decisivas, eles começarão a matar-nos".

Comparou ainda a situação à ascensão do nazismo na Alemanha.

Organismos internacionais, como o Conselho da Europa, já manifestaram preocupação com o "uso desproporcional da força pela polícia" e apelaram à contenção e ao fim das detenções arbitrárias, enquanto o governo sérvio culpa os manifestantes e supostos apoios ocidentais pela violência.