A violência recente provocou mais de 57.000 deslocados, sublinhando a persistente ameaça terrorista no norte do país, apesar dos esforços militares regionais.
Através dos seus canais de propaganda, o Estado Islâmico reivindicou ataques na aldeia de Namibi, distrito de Metuge, onde um cristão foi capturado e "executado a sangue frio", e na aldeia de Mariri, em Moçímboa da Praia, onde outros dois cristãos foram decapitados. Estes atos de violência inserem-se numa nova onda de ataques que, desde o final de julho, já provocou o deslocamento de mais de 57.000 pessoas, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o maior pico de deslocados em cerca de um ano. O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, admitiu a sua preocupação, garantindo que as forças de defesa estão no terreno a perseguir os rebeldes. A situação agrava-se num momento em que a missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) concluiu a sua retirada em junho, embora forças do Ruanda e da Tanzânia permaneçam no terreno. Na recente cimeira da SADC, o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, reiterou a gratidão pelo apoio regional e afirmou que a erradicação do terrorismo continua a ser uma prioridade para o seu governo.














