No entanto, as posições irredutíveis de ambas as partes e a complexa teia de interesses internacionais mantêm o desfecho incerto, enquanto os combates no terreno se intensificam.

A diplomacia em torno da guerra na Ucrânia acelerou drasticamente após reuniões entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e os seus homólogos russo, Vladimir Putin, no Alasca, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Washington, onde também participaram líderes europeus.

A possibilidade de um encontro direto entre Putin e Zelensky tornou-se o foco principal, com cidades como Genebra, Viena e Budapeste a serem consideradas como possíveis locais.

Contudo, as divergências fundamentais persistem.

A Rússia, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, afirmou que qualquer discussão sobre garantias de segurança para a Ucrânia sem a participação de Moscovo é "utópica, um caminho que não leva a lado nenhum".

Moscovo insiste no reconhecimento das suas conquistas territoriais, uma condição inaceitável para Kiev.

A porta-voz do MNE russo, Maria Zakharova, descreveu como uma "bofetada tão forte" a exibição por Trump de um mapa com as zonas ocupadas, interpretada como uma forma de pressionar Zelensky a ceder.

Por seu lado, a Ucrânia e os seus aliados europeus exigem garantias de segurança robustas, semelhantes ao artigo 5.º da NATO, antes de qualquer acordo.

Trump descartou o envio de tropas norte-americanas, sugerindo que essa responsabilidade caberia às nações europeias, embora tenha admitido a possibilidade de apoio aéreo.

Enquanto a diplomacia avança, os ataques continuam.

A Rússia lançou uma ofensiva em larga escala com drones sobre a região de Sumy, e reivindicou o controlo de novas localidades em Donetsk, demonstrando que o caminho para a paz permanece minado por desconfiança e violência.