Durante o evento em Yokohama, que contou com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, e de dezenas de líderes africanos, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, propôs a criação de uma "zona económica livre e justa" que abranja o oceano Índico e África. O governo nipónico e empresas locais deverão assinar mais de 300 memorandos de entendimento com nações africanas, visando facilitar a importação de produtos japoneses em áreas como a saúde e a agricultura. António Guterres saudou a iniciativa, afirmando que África está "pronta para o progresso" e destacou a importância de "investimento em cadeias de valor globais sustentáveis e integração regional".

O presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, elogiou o Japão como um "parceiro incontornável", contrastando a sua abordagem com as dificuldades de acesso a financiamento internacional que o continente enfrenta.

A conferência abordou ainda temas como a paz, a estabilidade e a inovação digital, incluindo a formação de 30.000 pessoas em inteligência artificial nos próximos três anos.

Esta aposta japonesa é vista como uma resposta direta à Nova Rota da Seda da China, procurando oferecer um modelo de cooperação baseado em parcerias pragmáticas e desenvolvimento sustentável.