O encontro visou restabelecer o cessar-fogo de 1974 e aliviar as tensões na fronteira, marcando uma nova fase nas relações regionais após a queda do regime de Bashar al-Assad. De acordo com a agência de notícias síria SANA, as discussões, que contaram com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria, Asaad al-Shaibani, centraram-se numa "série de questões relacionadas com o reforço da estabilidade na região e no sul da Síria", bem como num "cessar-fogo e não interferência nos assuntos internos sírios". Um dos pontos centrais foi a monitorização da trégua na província de Sweida, onde a violência intercomunitária entre a minoria drusa e tribos sunitas já causou mais de 1.400 mortos e levou a intervenções militares israelitas.

As delegações abordaram também o regresso ao acordo de retirada de 1974, que estabeleceu uma zona desmilitarizada nos Montes Golã, território sírio ocupado por Israel desde 1967.

Estes contactos diretos representam uma mudança drástica na dinâmica entre os dois países, que oficialmente permanecem em estado de guerra. A queda do regime de Assad e a ascensão de um novo poder islâmico em Damasco criaram um novo cenário geopolítico, levando a esta aproximação diplomática sob a égide de Washington, que visa "reforçar a segurança e a estabilidade na Síria e preservar a unidade e a integridade do seu território".