Enquanto Kiev exige garantias de segurança robustas, Moscovo apresenta condições que a Ucrânia considera inaceitáveis, e os combates no terreno prosseguem com ataques a infraestruturas civis e reivindicações territoriais.

A recente atividade diplomática, que incluiu uma cimeira no Alasca e reuniões na Casa Branca com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes europeus, não produziu avanços concretos. Segundo a comunidade ucraniana em Portugal, as conversações demonstraram "mais uma vez que Putin não quer terminar esta guerra e que, infelizmente, a via diplomática, não funciona".

A Rússia terá apresentado três condições para um acordo: a cedência de toda a região do Donbass, a renúncia da Ucrânia à adesão à NATO e a garantia da ausência de tropas ocidentais no seu território.

Estas exigências são frontalmente rejeitadas por Kiev.

O Presidente Zelensky exigiu garantias de segurança "como as do artigo 5.º do Tratado da NATO, que são garantias muito eficazes", e a comunidade ucraniana no estrangeiro reitera que "nenhum ucraniano vai aceitar, como foi proposto, que se ceda a Crimeia ou o Donbass". O Presidente Trump, por sua vez, deu um prazo de "duas semanas" para avaliar as hipóteses de paz, mudando de tom ao sugerir que a Ucrânia devia "jogar ao ataque" para vencer. Entretanto, a União Europeia desembolsou mais de quatro mil milhões de euros para a recuperação da Ucrânia, enquanto a Rússia reivindicava a captura de mais três localidades em Donetsk e era acusada de atacar uma fábrica de propriedade norte-americana no oeste da Ucrânia.