A medida, que visa impulsionar a reindustrialização em ambos os lados do Atlântico, já provoca reações diversas, desde o alívio do setor da cortiça português à apreensão de outras indústrias.
A declaração conjunta, que formaliza o acordo político de julho, estabelece uma tarifa máxima de 15% sobre a maioria das exportações europeias, incluindo automóveis e semicondutores.
Foram garantidas "isenções significativas" para produtos como a cortiça, medicamentos genéricos e aeronaves, que terão tarifas nulas ou próximas de zero.
No entanto, o vinho e as bebidas espirituosas não foram incluídos nesta lista, mantendo-se sujeitos à tarifa de 15%, o que gera preocupação entre os produtores europeus.
A situação do aço e do alumínio permanece ainda mais tensa, com a tarifa de 50% a manter-se em vigor.
Um conselheiro de Trump, Peter Navarro, foi categórico ao afirmar que "não haverá isenções ou exclusões para as tarifas sobre aço e alumínio".
O acordo também impacta a logística, com empresas como a DHL a anunciarem limitações temporárias nos envios da Alemanha para os EUA.
Numa tentativa de apaziguamento, o Canadá decidiu eliminar as suas próprias tarifas retaliatórias sobre produtos norte-americanos. O comissário europeu Maroš Šefčovič descreveu o acordo como um "primeiro passo", sublinhando que as negociações continuarão para alargar o regime de isenções a outras categorias de produtos.














