A medida, justificada como uma defesa da soberania nacional e de Israel, foi duramente condenada pelas Nações Unidas, que a classificaram como um ataque frontal à justiça internacional e um sério obstáculo ao seu funcionamento.
As sanções, anunciadas pelo secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, visam Nicolas Guillou (França), Nazhat Shameem Khan (Ilhas Fiji), Mandiaye Niang (Senegal) e Kimberly Prost (Canadá), todos envolvidos em investigações sobre alegados crimes de guerra em Gaza e no Afeganistão.
Rubio justificou a ação afirmando que estes indivíduos "participaram diretamente nos esforços do TPI para investigar, prender, deter ou processar cidadãos dos Estados Unidos ou de Israel".
As medidas incluem o congelamento de ativos e a proibição de transações com cidadãos norte-americanos. A ONU reagiu de imediato, com o Alto Comissário para os Direitos Humanos, Volker Turk, a considerar que as sanções representam um "ataque ao Estado de Direito" e a exigir a sua retirada imediata.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, reforçou que a decisão constitui "um sério impedimento ao funcionamento" do tribunal.
Em contraste, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, saudou a decisão, descrevendo-a como um "ato decisivo contra a campanha de difamação contra Israel".
A França também condenou as sanções, manifestando solidariedade com os magistrados visados.
Esta ação aprofunda o conflito entre Washington e o TPI, cuja jurisdição os EUA não reconhecem.













