Estes eventos sublinham a instabilidade interna e a contínua pressão externa sobre Teerão, que acusa grupos jihadistas e enfrenta medidas para conter as suas exportações de petróleo. Na frente interna, a província do Sistão-Baluchistão, que faz fronteira com o Paquistão e o Afeganistão, foi palco de uma emboscada que resultou na morte de cinco polícias perto da cidade de Iranshahr. A região, uma das mais pobres do país e com uma importante minoria sunita balúchi, é frequentemente palco de confrontos entre as forças de segurança e grupos armados, incluindo traficantes de droga e separatistas.

As autoridades iranianas acusam grupos jihadistas sunitas, como o Jaish al-Adl (Exército da Justiça), classificado como organização terrorista por Teerão, pela violência recorrente.

Simultaneamente, a pressão internacional sobre o Irão intensificou-se.

O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou novas sanções contra a chamada "frota fantasma" iraniana, uma rede de navios utilizada para transportar e vender petróleo, contornando as sanções internacionais. As medidas visam diretamente o empresário grego Antonios Margaritis e a sua rede de empresas, acusados de facilitar o comércio ilegal de petróleo iraniano. Segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o objetivo é conter a capacidade de Teerão de "financiar o seu programa de armamento avançado, apoiar grupos terroristas e ameaçar a segurança das tropas" aliadas.

Estes desenvolvimentos duplos destacam os desafios complexos que o regime iraniano enfrenta, tanto a nível doméstico como na arena geopolítica.