A situação gera uma crescente pressão internacional e protestos internos em Israel.
A Organização das Nações Unidas declarou oficialmente a fome na província de Gaza, alertando que mais de meio milhão de pessoas enfrentam "condições catastróficas caracterizadas por fome, miséria e morte".
Esta é a primeira vez que tal declaração ocorre no Médio Oriente.
O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, sublinhou que "matar pessoas à fome para fins militares é um crime de guerra". A situação no terreno é dramática, com o número de mortos a aproximar-se de 63.000 e relatos de civis, incluindo bebés, a morrerem por subnutrição. O governo de Israel, no entanto, nega veementemente a crise.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o relatório da ONU como uma "mentira descarada", enquanto o embaixador israelita em Portugal afirmou que "ninguém morreu de fome em Gaza".
A comunidade internacional reagiu com alarme.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, reiterou o apelo a um "cessar-fogo imediato", e a União Europeia admitiu que a fome "é uma realidade", exigindo que Israel permita o acesso humanitário.
Internamente, a pressão sobre o governo de Netanyahu aumenta, com milhares de manifestantes a saírem às ruas de Telavive todos os sábados para exigir um acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns. A contestação chegou à esfera política, com o líder da oposição, Benny Gantz, a apelar a Netanyahu para formar um governo de unidade nacional, abandonando a extrema-direita.














