A crise é agravada por ataques a hospitais e pela contínua obstrução da ajuda, enquanto os Estados Unidos se destacam pela sua posição divergente no Conselho de Segurança da ONU. Pela primeira vez no Médio Oriente, o organismo da ONU IPC confirmou um cenário de fome, afirmando que a situação poderia ter sido evitada se não fosse “a obstrução sistemática de Israel”. O Secretário-Geral António Guterres exigiu o fim de “mentiras”, “desculpas” e “obstáculos” na entrega de ajuda, afirmando que “a fome da população civil nunca deve ser utilizada como método de guerra”.
No entanto, Israel e os Estados Unidos rejeitaram as conclusões do relatório, com membros do governo israelita a defenderem que foi “fabricado” para “demonizar” Telavive. Esta posição isolou os EUA no Conselho de Segurança, onde foram o único dos 15 membros a não apoiar uma declaração de suporte ao relatório do IPC. A crise no terreno é exacerbada por ataques militares, como o duplo bombardeamento ao hospital Nasser, que vitimou 22 pessoas, incluindo cinco jornalistas, e pela retenção por parte de Israel de mais de dois mil milhões de dólares de receitas fiscais palestinianas, asfixiando a economia da Cisjordânia.














