A medida surge em resposta ao incumprimento significativo por parte de Teerão dos seus compromissos no âmbito do acordo nuclear de 2015. Numa carta enviada ao Conselho de Segurança da ONU, o grupo E3 (França, Reino Unido e Alemanha) notificou que, “com base em provas factuais”, o Irão “está em incumprimento significativo dos seus compromissos”.
A ativação do mecanismo 'snapback' inicia um processo de 30 dias para reimpor sanções que haviam sido suspensas, incluindo o congelamento de ativos iranianos no estrangeiro e penalizações ao seu programa de mísseis balísticos. A decisão europeia surge num contexto de estagnação diplomática, com as negociações entre os EUA e o Irão paralisadas e a cooperação de Teerão com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) limitada. Segundo a AIEA, o Irão já enriquece urânio a 60% de pureza, um passo técnico curto para atingir os 90% necessários para armas, e possui material suficiente para múltiplas bombas atómicas.
Apesar da medida, os países europeus afirmam que a diplomacia não terminou. O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Noel Barrot, insistiu que “a escalada nuclear do Irão não deve prosseguir”, mas que “esta medida não sinaliza o fim da diplomacia”.
O E3 utilizará o período de 30 dias para tentar encontrar uma solução negociada e evitar a reimposição efetiva das sanções.














