A última semana foi marcada por uma brutalidade renovada no terreno.

As autoridades ucranianas reportaram ataques massivos russos na região de Zaporizhzhia, que resultaram em pelo menos um morto e dezenas de feridos, incluindo crianças, e atingiram edifícios residenciais. Em Kiev, bombardeamentos fizeram mais de duas dezenas de mortos, levando o Presidente Volodymyr Zelensky a declarar que Moscovo demonstrou não estar disponível para o diálogo. O líder ucraniano alertou ainda que a Rússia está a preparar uma nova ofensiva em grande escala, concentrando cerca de 100 mil soldados perto de Pokrovsk, na região de Donetsk.

Do lado russo, o Ministério da Defesa anunciou a captura da cidade de Kamishevakha.

No plano diplomático, as perspetivas de paz permanecem sombrias.

Apesar da mediação do Presidente norte-americano Donald Trump, que se reuniu com Vladimir Putin e com Zelensky, um encontro bilateral entre os dois líderes parece improvável. O chanceler alemão, Friedrich Merz, foi categórico ao afirmar que "é evidente que não haverá qualquer encontro entre o presidente Zelensky e o presidente Putin".

O próprio Trump admitiu que juntar os dois seria como misturar "azeite e vinagre", mostrando ceticismo quanto ao sucesso das negociações.

Ambos os lados trocam acusações, com Moscovo e Kiev a culparem-se mutuamente pela ausência de diálogo, num ciclo vicioso que perpetua o conflito.