A medida unilateral foi amplamente condenada pela comunidade internacional, que a considera uma violação dos compromissos dos EUA como país anfitrião da ONU.
A decisão, anunciada pelo Secretário de Estado Marco Rubio, surge num momento crítico, em que vários países, incluindo França e Espanha, se preparam para confirmar o reconhecimento do Estado da Palestina durante a reunião de alto nível da ONU. A justificação da Casa Branca foi a de "não recompensar o terrorismo", acusando a Autoridade Palestiniana (AP) de não condenar atos terroristas e de prosseguir com o reconhecimento unilateral do seu Estado.
A reação palestiniana foi imediata, com o porta-voz presidencial, Nabil Abu Rudeineh, a declarar: "Apelamos ao Governo norte-americano para que reverta a sua decisão.
Esta decisão só aumentará a tensão e a escalada".
A União Europeia, pela voz da alta-representante Kaja Kallas, pediu aos EUA que reconsiderassem a medida, invocando o direito internacional.
O ministro das Relações Exteriores de França, Jean-Noël Barrot, protestou contra as restrições de acesso, afirmando que "a sede das Nações Unidas é um local neutro".
O Presidente da AP, Mahmoud Abbas, agradeceu telefonicamente ao seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, pelo apoio manifestado contra o veto norte-americano.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, indicou que seriam pedidos esclarecimentos ao Departamento de Estado, sublinhando que o acordo de sede da ONU impede que sejam impostos obstáculos à circulação de representantes dos Estados-membros.














