Durante uma reunião informal de ministros em Copenhaga, ficou clara a intenção de endurecer as medidas contra Moscovo. O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, confirmou a existência de uma "grande vontade da maioria dos países em reforçar as sanções e fazer um pacote, por ventura, mais duro ainda".

No entanto, a unanimidade do bloco continua a ser desafiada pela "relutância da Hungria", que se opôs à declaração conjunta dos restantes 26 membros que condena os recentes bombardeamentos russos em Kiev. A alta-representante para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, sublinhou a determinação da UE em relação aos bens soberanos russos imobilizados, afirmando ser "impensável que a Rússia algum dia veja este dinheiro, a não ser que recompense a Ucrânia pela destruição que provocou". Kallas lamentou a falta de consenso na reunião, mas mostrou-se convicta de que a discussão prosseguirá nos próximos meses, acrescentando que "é óbvio que a Rússia não se está a preparar para a paz, está a preparar-se para mais guerra".

Os Estados-membros enviarão agora as suas propostas para o novo pacote sancionatório, que visa debilitar ainda mais a capacidade militar e económica do Kremlin.