A Polícia Federal teme que Bolsonaro possa tentar obter asilo político, possivelmente na embaixada dos Estados Unidos, transformando um processo criminal interno num incidente com implicações diplomáticas.

Em prisão domiciliária desde o início de agosto, Bolsonaro enfrenta um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de setembro, acusado de liderar uma conspiração para anular os resultados das eleições de 2022. O juiz Alexandre de Moraes determinou o reforço da vigilância, ordenando o registo de todos os veículos que saem da residência do ex-presidente e a monitorização da área externa. Um relatório da Polícia Federal, noticiado pela "Folha de São Paulo", detalhou a vulnerabilidade da segurança, indicando que Bolsonaro poderia escapar pelos muros traseiros e chegar à embaixada dos EUA, a apenas 10 minutos de distância, antes que o alerta da sua pulseira eletrónica fosse eficazmente processado.

A preocupação é agravada pelo facto de o seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, se encontrar nos EUA e ter solicitado autorização para exercer o seu mandato remotamente, alegando "perseguições políticas". Foram também encontradas provas de que Bolsonaro teria planos para pedir asilo à Argentina de Javier Milei.

O pedido da Polícia Federal para manter agentes dentro da casa do ex-presidente 24 horas por dia foi, no entanto, rejeitado pelo STF.