Embora a decisão represente uma derrota judicial para a Casa Branca, as sobretaxas permanecem em vigor enquanto se aguarda um recurso para o Supremo Tribunal, num caso com vastas implicações para o comércio global.
O Tribunal de Recurso para o Circuito Federal decidiu que a legislação de emergência nacional invocada por Trump não lhe confere o poder de impor tarifas ou impostos. A decisão, que mantém em grande parte uma deliberação anterior de um tribunal de comércio de Nova Iorque, foi imediatamente contestada pelo Presidente. Na sua rede social, Trump reagiu afirmando que "as tarifas continuam em efeito" e criticou a decisão como sendo de um tribunal "tendencioso", garantindo que os EUA "vão ganhar no final".
A Casa Branca pode agora levar o caso ao Supremo Tribunal, onde conta com uma maioria conservadora.
A situação está a ser atentamente acompanhada pelos parceiros comerciais dos EUA.
O Brasil, um dos países mais afetados pelas taxas de 50%, já notificou formalmente Washington sobre o início de consultas para avaliar a aplicação de uma lei de reciprocidade, que poderia levar à imposição de contramedidas económicas. A decisão judicial complica o plano de Trump de usar as tarifas como principal instrumento de pressão na sua política externa e comercial, que já elevou a taxa média sobre as importações para o nível mais alto em mais de um século.














