Esta intensificação ocorre num contexto de complexas manobras diplomáticas que envolvem os Estados Unidos, a China e a Índia, enquanto a Rússia reforça os seus laços com aliados não-ocidentais.

A dinâmica militar intensificou-se com o anúncio do Presidente Volodymyr Zelensky de "novos ataques profundos" para contrariar as ofensivas russas, visando nomeadamente infraestruturas energéticas.

Esta estratégia surge como retaliação aos contínuos bombardeamentos russos que vitimaram civis em regiões como Donetsk e Zaporíjia.

Paralelamente, o conflito ganhou uma nova dimensão com a confirmação da Coreia do Norte de que a ordem para enviar tropas para apoiar a Rússia na região de Kursk foi dada em agosto de 2024, evidenciando um aprofundamento da cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang. No plano diplomático, o Presidente russo, Vladimir Putin, durante a cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), reiterou a sua narrativa de que a guerra é "resultado de um golpe de Estado na Ucrânia, que foi apoiado e provocado pelo Ocidente", agradecendo os esforços de mediação da China e da Índia. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, respondeu que a paz é um "clamor de toda a humanidade".

Em contraste, o Presidente dos EUA, Donald Trump, expressou ceticismo sobre uma reunião bilateral entre os líderes, sugerindo que talvez "precisem de lutar um pouco mais".

Enquanto o conflito se agrava, a Europa, com o apoio dos EUA, já prepara o pós-guerra.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, revelou que estão a ser elaborados "planos bastante precisos" para o envio de uma força de paz multinacional, que poderá contar com "dezenas de milhares de militares europeus", assim que um acordo seja alcançado.