O acordo, celebrado entre o Presidente Donald Trump e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi considerado ilegal por um tribunal federal de recurso nos EUA, mas a administração Trump já anunciou que irá recorrer ao Supremo Tribunal.

O acordo prevê a aplicação de direitos alfandegários de 15% a uma vasta gama de produtos, incluindo setores estratégicos como o automóvel e o farmacêutico, embora com exceções para alguns produtos como a cortiça e aeronaves.

A legalidade da medida foi contestada nos tribunais norte-americanos, que consideraram que Trump invocou ilegalmente poderes de emergência para impor as tarifas. Apesar da decisão, o Presidente norte-americano afirmou que "todas as tarifas continuam em vigor" e que seria um "desastre total para o país" se fossem removidas.

Do lado europeu, a reação é de resignação. O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, admitiu que o acordo "não é para celebrar", reconhecendo a frustração de muitos europeus que sentem que a UE foi "demasiado passiva".

No entanto, Costa justificou a contenção europeia com a necessidade de não escalar tensões com um "aliado essencial" na segurança, especialmente "com uma guerra às portas" da UE. "Escalar as tensões com um aliado essencial por causa de tarifas, enquanto a nossa fronteira de leste está sob ameaça, teria sido um risco imprudente", argumentou, sublinhando que a UE "evitou a retaliação para proteger os próprios interesses".