O evento foi amplamente interpretado por observadores ocidentais como um desafio direto à ordem internacional liderada pelos Estados Unidos.

A cerimónia na Praça de Tiananmen, em Pequim, serviu de palco para a exibição de armamento de última geração, incluindo o novo míssil balístico intercontinental DF-5C, capaz de atingir qualquer ponto do globo, drones submarinos, armas laser e mísseis antinavio hipersónicos.

No seu discurso, o presidente chinês, Xi Jinping, declarou que o "rejuvenescimento da nação chinesa é imparável" e que o mundo enfrenta "uma escolha entre a paz e a guerra".

A presença conjunta de Putin e Kim Jong-un foi vista como um ato simbólico da formação de um bloco de poder alternativo ao Ocidente. A reação não se fez esperar: o presidente norte-americano, Donald Trump, acusou os três líderes de estarem a "conspirar contra os Estados Unidos da América", enquanto a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, classificou o encontro como um "desafio direto ao sistema internacional baseado em regras".

A visita de Kim Jong-un foi marcada por rigorosas medidas de segurança, com a sua equipa a ser vista a limpar todos os vestígios de ADN em que o líder norte-coreano tocou, refletindo o seu receio de espionagem. Por sua vez, o presidente de Taiwan, William Lai Ching-te, criticou o que chamou de "culto a ditadores".