Estas ações intensificam a crise humanitária e geram protestos internos e condenação internacional.

O exército israelita prepara-se para a ocupação total da Cidade de Gaza, uma operação que implicará a deslocação de cerca de um milhão de pessoas. Para tal, um responsável militar anunciou o envio de 100 mil tendas para o sul do enclave.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, dirigiu-se às tropas, afirmando que o país enfrenta uma "fase decisiva".

Esta escalada militar é acompanhada por uma retórica política cada vez mais dura.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, apelou à anexação de 82% da Cisjordânia para manter uma "clara maioria judaica".

A ofensiva e as declarações políticas têm provocado forte contestação em Israel.

Milhares de reservistas anunciaram que não responderão à convocatória para servir no que consideram ser a "guerra ilegal de Netanyahu", e manifestantes incendiaram carros perto da residência do primeiro-ministro em Jerusalém. O Hamas, por sua vez, denunciou a "destruição sistemática" de bairros na Cidade de Gaza e intensificou os contactos diplomáticos para travar o que classifica como uma "guerra de extermínio".