A demissão ocorreu após semanas de intensa pressão política e mediática, na sequência da revelação de que Rayner pagou menos imposto de selo na compra de um apartamento, ao declará-lo indevidamente como residência principal.

A própria Rayner admitiu o erro, afirmando: “Aceito que não segui os mais altos princípios na minha recente aquisição imobiliária.

Lamento profundamente a minha decisão de não solicitar aconselhamento fiscal adicional”.

A “número dois” do governo e do Partido Trabalhista assumiu “total responsabilidade por este erro”, que envolveu o não pagamento de cerca de 40 mil libras (aproximadamente 46 mil euros) em impostos.

A decisão foi precipitada por um relatório do responsável independente pela conduta dos ministros, Laurie Magnus, que, embora elogiando a sua cooperação, confirmou que a taxa fiscal correta não foi paga, considerando o facto “muito lamentável” dada a sua posição ministerial.

O primeiro-ministro Keir Starmer lamentou a perda de “uma colega de confiança e uma verdadeira amiga”, mas reconheceu que Rayner tomou a “decisão certa”. A demissão representa uma crise significativa para o governo de Starmer, que enfrenta um ressurgimento da direita populista e agora perde uma das suas figuras mais proeminentes devido a um escândalo que mina a confiança pública.