Uma operação dos serviços de imigração dos EUA numa fábrica de baterias da Hyundai e LG na Geórgia resultou na detenção de centenas de trabalhadores, incluindo mais de 30 cidadãos sul-coreanos, gerando uma resposta diplomática imediata de Seul. O governo sul-coreano manifestou formalmente a sua preocupação, afirmando que “as atividades económicas das nossas empresas que investem nos Estados Unidos e os interesses de nossos cidadãos não devem ser indevidamente violados durante a aplicação da lei dos EUA”. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lee Jae-woong, confirmou que a preocupação foi transmitida através da embaixada dos EUA em Seul e que uma “equipa de resposta” consular foi enviada para o local. A rusga, que envolveu várias agências federais norte-americanas, incluindo o FBI, foi justificada como parte de uma “investigação sobre práticas de emprego ilegais”.
Segundo um funcionário consular sul-coreano, os seus cidadãos foram detidos por realizarem trabalhos considerados incompatíveis com o seu estatuto migratório.
O incidente representa um revés para um dos maiores projetos de desenvolvimento económico na história do estado da Geórgia, um investimento conjunto de 4,3 mil milhões de dólares destinado a produzir células de bateria para veículos elétricos das marcas Hyundai, Kia e Genesis.
A operação forçou a paragem da construção e destacou o impacto da crescente repressão da administração Trump contra a imigração, afetando até mesmo os negócios de importantes aliados económicos.
Em resumoA detenção de dezenas de trabalhadores sul-coreanos numa fábrica da Hyundai nos EUA desencadeou uma tensão diplomática, com Seul a expressar formalmente a sua preocupação. O incidente, ocorrido num projeto de investimento estratégico, evidencia o impacto das políticas migratórias restritivas dos EUA nas relações com os seus aliados.