A decisão surge na sequência de uma pesada derrota nas eleições legislativas de julho, mergulhando a quarta maior economia do mundo num período de potencial instabilidade política.
A renúncia de Ishiba, que estava no poder desde outubro do ano anterior, foi precipitada pelos maus resultados eleitorais que refletiram um profundo descontentamento público. A coligação governamental, composta pelo seu Partido Liberal Democrata (PLD) e pelo parceiro Komeito, não conseguiu obter a maioria na câmara alta do parlamento nas eleições de julho, um revés que se seguiu à perda do controlo da câmara baixa em outubro de 2024. O principal fator por detrás desta erosão de apoio foi o aumento do custo de vida, que os aumentos salariais não conseguiram compensar, tornando-se o tema central da campanha. A decisão de se demitir foi justificada por Ishiba como uma forma de "evitar divisões dentro do partido", numa altura em que enfrentava crescentes pedidos para que assumisse a responsabilidade pela derrota. O líder demissionário confirmou que não será candidato nas eleições internas do PLD, previstas para outubro, para escolher o seu sucessor, abrindo um período de incerteza sobre a futura liderança do Japão.














