A posição de Teerão surge enquanto as potências europeias ativam um mecanismo para restaurar sanções da ONU e a oposição iraniana se manifesta em Bruxelas por uma mudança de regime.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abás Araqchí, afirmou que o diálogo não pode ter "a mesma forma que tinha antes da guerra", sublinhando que o respeito pela soberania iraniana e o levantamento das sanções são "elementos indispensáveis".
Esta declaração surge num momento de intensa pressão sobre Teerão. O Reino Unido, a França e a Alemanha (E3) ativaram o mecanismo de restauração automática das sanções das Nações Unidas, instando o Irão a regressar à mesa de negociações e a retomar a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), nomeadamente sobre o paradeiro de 400 quilogramas de urânio enriquecido a 60%. Simultaneamente, a pressão externa e interna sobre o regime intensificou-se com uma grande manifestação em Bruxelas, onde dezenas de milhares de iranianos no exílio, acompanhados por figuras como a líder da oposição Maryam Radjavi e o ex-vice-presidente dos EUA, Mike Pence, exigiram uma mudança de regime e a designação da Guarda Revolucionária como organização terrorista. Radjavi declarou que "a única solução é a terceira opção, nem o apaziguamento nem a guerra, mas a mudança de regime por parte do povo".














