A crise no executivo trabalhista ocorre num momento de crescente popularidade do partido populista Reform UK, liderado por Nigel Farage, que já prevê uma vitória nas próximas eleições. A demissão de Rayner, uma figura proeminente da ala esquerda do Partido Trabalhista, foi precipitada por um relatório que concluiu que, embora tenha agido de boa-fé, violou o código de ética ao não procurar aconselhamento jurídico adequado na compra de uma segunda casa, pagando assim menos impostos do que o devido. Na sua carta de demissão, Rayner assumiu a "total responsabilidade por este erro".
A sua saída obrigou Keir Starmer a uma remodelação mais ampla do seu gabinete, nomeando David Lammy como novo vice-primeiro-ministro e ministro da Justiça, e movendo Yvette Cooper para a pasta dos Negócios Estrangeiros.
O governo descartou a convocação de eleições antecipadas, mas a crise foi imediatamente capitalizada por Nigel Farage.
No congresso anual do seu partido, o líder do Reform UK descreveu o governo como "totalmente incompetente" e previu que a sua formação está "cada vez mais perto de vencer as próximas eleições legislativas", num momento em que as sondagens indicam uma subida do seu partido, que ameaça tanto os Conservadores como os Trabalhistas.














