A reunião em Pequim, que incluiu uma imponente parada militar para comemorar o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Ásia, foi interpretada por analistas como "uma grande alteração do cenário geopolítico internacional". A presença conjunta de Xi Jinping, Vladimir Putin e Narendra Modi foi vista como um sinal de que a Rússia "tem amigos poderosos" e como um passo da China na sua "longa marcha" para consolidar uma nova ordem mundial, em parte como resposta às tarifas comerciais impostas por Washington.

A reação de Donald Trump foi contundente e imediata.

Numa publicação na sua rede social, o presidente norte-americano declarou: "Parece que perdemos a Índia e a Rússia para a China mais profunda e obscura.

Que tenham um longo e próspero futuro juntas!".

Embora mais tarde tenha tentado moderar o tom, afirmando ter uma "muito boa relação" com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, a sua declaração inicial reflete a crescente preocupação dos EUA com a formação de um bloco de poder alternativo na Eurásia, num contexto de crescente multipolarização económica e geopolítica.