A derrota parlamentar, descrita como a primeira do género na história da Quinta República, evidencia a profunda fragmentação da Assembleia Nacional, onde nenhuma força política detém maioria absoluta.
O Palácio do Eliseu anunciou que o Presidente Macron aceitará a demissão de Bayrou e nomeará um sucessor "nos próximos dias", afastando, para já, o cenário de eleições antecipadas exigido pela oposição de extrema-direita e de esquerda radical.
A crise agrava-se num contexto de crescente descontentamento popular, com sindicatos e movimentos como o "Bloquons Tout" a prometerem protestos em todo o país.
O impasse político gera incerteza sobre o futuro do orçamento e da sustentabilidade financeira de França, cuja dívida pública atinge 114% do PIB.
Entre os nomes ponderados para suceder a Bayrou estão figuras do campo centrista de Macron, como o ministro da Defesa, Sebastien Lecornu, ou tecnocratas com ligações à esquerda, como o ministro das Finanças, Eric Lombard, numa tentativa de construir uma nova maioria parlamentar.













