O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reforçou o aviso, declarando aos habitantes: "foram avisados, saiam já!".

Esta ordem de evacuação em massa surge no contexto de uma intensificação da ofensiva israelita, que, segundo Netanyahu, visa eliminar as últimas bolsas de resistência do Hamas e recuperar os reféns restantes. A operação militar já provocou a morte de mais de 64 mil palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados fiáveis pela ONU. A situação humanitária é catastrófica, com a ONU a ter declarado formalmente uma situação de fome em partes do enclave.

Philippe Lazzarini, comissário da agência da ONU para os refugiados palestinianos, lamentou que Gaza se tenha tornado "um vasto campo de concentração para palestinianos famintos e desesperados", acrescentando que "não há lugar seguro na Faixa de Gaza". O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, apelou à "proteção imediata" dos hospitais e equipas médicas no norte do enclave, alertando para o colapso iminente dos serviços de saúde.