Um ataque a tiro numa paragem de autocarro em Jerusalém, que resultou na morte de seis pessoas, foi reivindicado pelo braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qasam, intensificando a retórica de guerra entre Israel e os grupos palestinianos. Na segunda-feira, dois palestinianos da Cisjordânia ocupada abriram fogo perto de dois colonatos israelitas em Jerusalém Oriental, matando seis civis antes de serem abatidos no local. O Hamas reivindicou a autoria, afirmando que o ataque demonstra que as tentativas de Israel de "secar as fontes de resistência" apenas resultarão em mais "derramamento de sangue". O grupo advertiu que as políticas de punição coletiva de Israel servirão de "rastilho para uma explosão geral".
A resposta israelita foi imediata e dura.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que o país está "numa enorme guerra contra o terrorismo em todas as frentes" e prometeu uma resposta firme.
O ministro da Defesa, Israel Katz, anunciou medidas punitivas, incluindo a revogação de autorizações de trabalho para os residentes da zona de onde provinham os atacantes e a demolição de edifícios considerados "ilegais". O chefe do Estado-Maior do exército israelita ordenou o "encerramento total" da cidade de origem dos atacantes e o envio de mais tropas para a região de Ramallah para "combater o terrorismo".
O ataque foi condenado internacionalmente, incluindo por Portugal e pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, que o classificou como um "ataque de terror".
Em resumoO ataque mortal em Jerusalém, reivindicado pelo Hamas, provocou uma forte reação de Israel, que prometeu consequências graves e reforçou a sua presença militar na Cisjordânia. Este ato de violência intensifica o ciclo de retaliação e agrava as já tensas relações na região, com o Hamas a declarar que as ações israelitas apenas alimentarão mais resistência.