A rivalidade estende-se a múltiplos domínios, desde o comércio e tecnologia até à geopolítica, com implicações diretas para aliados como Portugal e México.
O ex-presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, numa conferência do Financial Times, defendeu que, politicamente, a "União Europeia não deve considerar a China um parceiro de confiança", citando o seu apoio à invasão russa da Ucrânia e a concorrência desleal das suas exportações.
Esta visão contrasta com a recente visita do primeiro-ministro Luís Montenegro a Pequim, onde expressou o desejo de reforçar as relações com base na confiança.
No campo comercial, a pressão dos EUA intensificou-se.
O México anunciou planos para aumentar para 50% as tarifas sobre veículos chineses, uma medida que visa proteger a sua indústria nacional e responder às preocupações de Washington de que o país se torne uma "porta das traseiras" para produtos chineses entrarem no mercado norte-americano.
Esta decisão surge após o presidente Trump ter anunciado uma tarifa de 25% sobre todos os automóveis importados.
A tensão alastra-se também ao setor tecnológico, com a NASA a proibir cidadãos chineses de aceder às suas instalações e sistemas, excluindo-os de qualquer colaboração em projetos da agência espacial norte-americana, uma medida que reflete as crescentes preocupações com a segurança e a espionagem industrial.













