O incidente, seguido por uma votação na ONU a favor da solução de dois Estados, evidencia o crescente isolamento de Israel e a fragilidade do processo de paz. O ataque sem precedentes de Israel na capital do Catar teve como alvo um edifício onde se encontravam líderes do Hamas, incluindo o negociador-chefe Khalil al-Hayya, que o grupo islamita afirmou ter sobrevivido. A ofensiva, que causou seis mortos, ocorreu enquanto a delegação do Hamas discutia uma proposta de cessar-fogo apresentada por Washington, levando o primeiro-ministro do Catar a acusar Israel de minar "qualquer perspetiva de paz".
O Presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou-se "muito descontente" com a ação do seu aliado.
O Conselho de Segurança da ONU condenou o ataque, embora sem nomear Israel diretamente. A tensão diplomática foi agravada pela aprovação, por larga maioria na Assembleia Geral da ONU, da "Declaração de Nova Iorque", que defende a solução de dois Estados e apela a que o Hamas entregue o controlo de Gaza à Autoridade Palestiniana.
A resolução foi aprovada com 142 votos a favor, incluindo Portugal e grandes potências europeias como Alemanha, França e Reino Unido, que também pediram um "cessar-fogo imediato".
Israel condenou a votação como uma "decisão vergonhosa" que "recompensa o terrorismo".
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou a sua oposição, declarando: "não haverá Estado palestiniano".














