A União Europeia prepara-se para acelerar a eliminação progressiva da energia russa, com o objetivo de terminar as importações até 2027. A medida surge no contexto de uma maior pressão da administração Trump e da preparação de um novo pacote de sanções, embora enfrente resistência de alguns Estados-membros. O comissário europeu para a Energia, Dan Jorgensen, manifestou confiança num acordo "muito em breve" para acabar com a dependência da energia russa, uma decisão impulsionada pela necessidade de cortar as fontes de financiamento da guerra na Ucrânia.
A UE está a finalizar o seu 19.º pacote de sanções contra a Rússia, que deverá visar o petróleo, instituições bancárias e a "frota fantasma" de navios que transporta crude russo. Esta política alinha-se com a pressão dos Estados Unidos, que, no âmbito de um recente acordo comercial, se tornaram um fornecedor de GNL cada vez mais importante para a Europa.
No entanto, a unanimidade no seio da UE não está garantida.
A Eslováquia, liderada pelo primeiro-ministro Robert Fico, ameaçou vetar as novas sanções se Bruxelas não alterar as suas políticas climáticas, que considera prejudiciais para a sua indústria automóvel.
Fico, que mantém uma postura pró-russa, exige também uma regulação diferente dos preços da energia.
A Hungria é outro país que continua a importar combustíveis da Rússia, evidenciando as fissuras na frente unida europeia contra Moscovo.
Em resumoA UE avança para o corte definitivo com a energia russa, uma decisão geopolítica estratégica impulsionada pela guerra na Ucrânia e pela aliança com os EUA. Contudo, a implementação desta política enfrenta obstáculos internos, com países como a Eslováquia a utilizarem o seu poder de veto para defender interesses nacionais, expondo as tensões dentro do bloco.