A situação na Faixa de Gaza atingiu um ponto crítico na última semana, com uma nova ofensiva israelita na Cidade de Gaza e uma contundente acusação de genocídio por parte de uma comissão de investigação da ONU, o que intensificou a pressão internacional sobre o governo de Benjamin Netanyahu. Na última semana, as Forças de Defesa de Israel lançaram uma ofensiva em grande escala na Cidade de Gaza, com intensos bombardeamentos aéreos e uma incursão de tanques. O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, declarou que “Gaza está em chamas”, numa operação que resultou num elevado número de vítimas civis, incluindo dezenas de mortos e feridos. A escalada militar coincidiu com a publicação de um relatório demolidor por uma comissão de investigação independente da ONU, que acusou Israel de cometer “quatro dos cinco atos genocidas” definidos pela Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio de 1948.
O documento nomeia diretamente o Presidente Isaac Herzog, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant como tendo “incitado o genocídio”.
O governo israelita rejeitou veementemente as conclusões, classificando o relatório como “tendencioso e mentiroso” e exigindo a dissolução imediata da comissão.
A agravar a situação, a relatora da ONU para os territórios palestinianos, Francesca Albanese, sugeriu que o número real de mortos em Gaza poderá ser dez vezes superior aos 65.000 estimados oficialmente, podendo aproximar-se dos 680.000.
Esta conjugação de uma ofensiva militar devastadora e acusações de crimes de guerra ao mais alto nível aprofundou a crise diplomática, aumentando a pressão sobre Israel e os seus aliados, como os EUA, que, através do secretário de Estado Marco Rubio, tentam mediar a situação enquanto reafirmam o seu apoio a Telavive.
Em resumoA semana foi marcada por uma grave escalada militar israelita em Gaza e por uma acusação formal de genocídio pela ONU, que Israel rejeita. A crise humanitária agrava-se com um número de mortos potencialmente subestimado, aumentando a pressão diplomática sobre o governo israelita e os seus aliados.