para contornar as autoridades locais que se opõem à colaboração com as agências de imigração, num contexto de crescente tensão interna. O Presidente Donald Trump ameaçou federalizar a cidade de Washington D.C., após a ‘mayor’ Muriel Bowser ter afirmado que a polícia local não colaboraria com o Serviço de Controlo de Imigração e Alfândegas (ICE) na detenção de migrantes indocumentados. A ameaça surge depois de o governo federal ter destacado a Guarda Nacional para a capital, uma medida que gerou protestos de milhares de cidadãos.
Trump defendeu a intervenção, alegando que transformou a cidade de “um dos locais mais perigosos do país” num dos “mais seguros em apenas semanas”.
Esta política de mão dura está a ser replicada noutras cidades governadas por democratas e com grande população não-branca, como Memphis, Chicago e Los Angeles, que Trump descreve como locais de “anarquia” e “caos criminal”. Críticos, como a criminologista Andrea Headley, veem nesta retórica e ação uma ligação ao “longo histórico de racismo na segurança pública dos EUA”, argumentando que o envio de tropas mina a confiança entre a polícia e as comunidades.
A situação reflete a profunda divisão do país sobre a imigração e a segurança, com a administração a usar uma abordagem militarizada que colide com a autonomia das autoridades locais.














