Os protestos, que decorreram em frente ao Parlamento Nacional, intensificaram-se rapidamente, com manifestantes a atirar pedras e a queimar pneus.

A polícia respondeu com gás lacrimogéneo e balas de borracha para dispersar a multidão.

A pressão popular surtiu efeito: a maioria parlamentar, composta pelos partidos do governo (CNRT e PD), anunciou o cancelamento da controversa aquisição.

O partido da oposição, Fretilin, que já se tinha oposto à medida no parlamento, agradeceu aos estudantes pela sua mobilização.

O Presidente da República, José Ramos-Horta, apelou à calma e ao diálogo, pedindo aos manifestantes que evitassem a violência e a destruição de propriedade pública.

A situação política é ainda ensombrada pela notícia de que a União Europeia planeia reduzir a sua delegação em Timor-Leste, uma decisão que o eurodeputado português Francisco Assis, em visita a Díli, classificou como um “problema sério” e um “mau sinal” por parte de Bruxelas.